Vira e mexe, olho pra minha mãe, ela olha pra mim e rimos. No meio de uma dessas, ela disse "você é como eu, desde pequena fico rindo de coisas normais". Percebi que a frase que acabamos de ouvir do seriado americano, não tinha graça nenhuma a não ser a que nós mesmas encontramos juntas. Acho graça da espontaneidade rotineira: de frases inesperadas, por exemplo. Da careta. De uma reação com a boca. Do puto palavrão que minha vó fala pra concluir um desabafo. Eu não contenho um riso com qualquer coisa inesperada e sincera que saia de uma pessoa. Por achar bonito.
Sorrio do nada a ver. E também nada a ver.
Tem vez que sorrio educado. Tem vez que não sorrio quando devo. Tem vez que sorrio por vergonha. Tem vez que sorrio porque simplesmente sorrio. Tem vez que fico brava, mas acabo sorrindo. Sorrio despreocupada, porque sorrir é oportuno. Mesmo quando ninguém espera isso de você.
Mas não tive outra sensação senão a vontade de desligar a tv, ao estar de frente pra um concurso de piadas. Comediantes nunca foram engraçados, assim como palhaços.
Vejo graça onde só minha mãe vê, mas nunca de uma piada, cujo objetivo é me fazer rir.
E entre uma risada e outra, vou me descobrindo.
Entre uma risada e outra, descubro mais um motivo pra sorrir.
Um comentário:
VC É DOCE, menina
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