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segunda-feira, 23 de maio de 2011

A banda mais bonita da cidade



Meu amor, essa é a última oração, pra salvar seu coração. Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa, cabe o meu amor. Cabem três vidas inteiras. Cabe uma penteadeira. Cabe nós dois. Cabe até o meu amor.

sábado, 14 de maio de 2011

Capturado

Finalmente descobri o nome dessa música. Há anos ela toca no carro da minha mãe ou aqui em casa, no computador. Pouca gente a conhece. Ela é linda e me envolve muito. É realmente uma música especial pra mim.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Você e eu

Texto do i-Relevante. Blog da Iana Coimbra. Minha admiração por ela é enorme. Muito grande mesmo. 
Faço das palavras dela, as minhas. Segue o texto que já foi escrito há algum tempo, mas que é absolutamente atual:

A culpa é de quem?

Adão culpou a Eva. Clinton culpou a Mônica. Os árabes culparam os americanos. Os americanos culparam o Islã. Os ingleses sempre culpam os franceses, e os franceses estão aprendendo a culpar os chineses. Os brasileiros culpam os políticos. E o povo culpa a Igreja. Mas a culpa é de quem?

Desde sempre as pessoas tentam empurrar para o outro a responsabilidade. Sinceramente não gosto dos discursos que apontam a Sociedade ou a Igreja como culpados pelo o que quer que seja. Sim, ambas são falhas, mas só o são porque são compostas por pessoas. E ninguém é perfeito.

É cômodo colocar a culpa na Igreja. É fácil falar que o problema é a Sociedade E até faz sentido, afinal esses dois elementos representativos são super protagonistas da História desde que o mundo existe. Mas essa não é a origem. A forma como a Igreja e a Sociedade se comportam são apenas os reflexos de algo infinitamente mais complexo: caráter.

Se eu sou parte da Igreja, a culpa se torna também minha. Ao falar que a Igreja não faz nada, é dizer que você mesmo não faz. Porque a Igreja é você. Sou eu. Afinal, são as pessoas que fazem as instituições e não o contrário. E todas as tentativas de fazer o oposto foram desastrosas.

É fácil falar que a Igreja não se importa com as pessoas. Mas você se importa? Você é capaz de perdoar alguém que errou feio? Você é capaz de deixar de comprar algo ao ver alguém que você não conhece passando necessidade e oferecer o seu próprio dinheiro? Você consegue tratar todas as pessoas da mesma forma, sem nenhum tipo de acepção? Eu confesso: ainda não.

É justificável também culpar os jeitinhos da Sociedade. Mas você paga seus impostos corretamente? Você fala sempre a verdade? Você já tentou se dar bem em cima de alguém? Você já foi tentado a subornar (tipo o carinha que precisa liberar um documento urgente)? Você já aceitou algo que não deveria?

Você, você, você. Eu, eu, eu. Somos egocêntricos e nos esquecemos de que o mundo não se resume aos nossos achismos, às nossas convicções, ao nosso ponto de vista.

Tenho aprendido a não olhar a falha do outro, mas antes examino a mim mesma. Tenho exercitado não expor o erro alheio, mas oferecer a mão, ou melhor: oferecer a segunda chance. Aprendi a pedir perdão, ainda que eu tenha a certeza de que eu fui a injustiçada. Tenho exercitado não mentir, ainda que eu me prejudique. Tenho tentado ser solidária, ainda que eu sinta que as minhas necessidades não tenham sido satisfeitas. Porque é isso que espero da Igreja. É isso que espero da Sociedade.

Aprendi a começar em mim ao invés de esperar do outro e dessa forma espero construir um outro referencial de Igreja e de Sociedade. Não um referencial de perfeição, mas de tentativa. Afinal, se eu sou parte da Igreja e da Sociedade, assim me torno. Porque aprendi que só as minhas críticas (geralmente ácidas) matam, mas a atitude gera vida. E uma coisa eu posso dizer: ainda tenho muito que caminhar...