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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Perda

É irracional enterrar uma pessoa que não morreu.
Será que é uma dor proporcional?

De pensar nos filmes ainda não assistidos, nos lugares ainda não pisados, nos planos, nas milhares de vezes que faltam pra escutar as mesmas músicas, nos textos bonitos, nas fotos simples e falantes. Nos e-mails pra mandar. Nas palavras que me faltaram dizer. O amor que transborda. O cheiro que preciso sentir. A voz... a voz que eu ouvia dizer "minha menina". A porcaria das pulseiras pretas. A espera diária de um sinal... pra me abastecer... pra me ouvir... pra eu dizer nada... pra eu ouvir nada. O lugar certeiro de segurança. O colo que jurei ser pra sempre meu. As mãos que eu sempre olhava e amava, acreditando fazer parte fielmente constante da minha vida daqui em diante... sem um compromisso. Só pelo querer.

Alguém que encontre em mim um monte de imperfeições.
"O" alguém, em que sua não presença constante nos meus dias, me mata, violentamente.