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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

What?

A princípio era o mais escuro, depois o mais claro veio se tornando algo mais delicado e preferível. Porque antes rosa era minha cor preferida, e ainda é. Sempre achei que rosa devia ser a cor universal, que era absurdo quem não gostava dele, que tudo meu devia necessariamente ser dessa cor. Era um conceito meu, uma regra. Não existia outra cor além do rosa pra mim. Mas hoje percebo claramente o quanto a gente muda. O rosa continua do mesmo jeito, nos seus variados tons, claro, mas rosa é rosa e pronto. Eu não. Eu mudei. Eu mudo. Amo rosa, mas hoje me encanto com as outras cores também. Cada uma com sua singularidade, assim como as pessoas. Cada uma com um jeito, uma forma de ser, de enfeitar, de proporcionar. Passei, inevitavelmente, a encontrar qualidades no verde, no azul, no lilás, no vermelho, no amarelo e por aí vai. Hoje rosa não é uma regra pra mim, por mais que eu goste. Aprendi a respeitar as outras cores, e claro que a gostar delas também. Naturalmente, diminuí minha frequência de radicalização. Antes, as pessoas me assustavam, me injuriavam, me preocupavam, me acabavam. Hoje aprendi a tolerá-las. Não me pergunte por que.
As coisas andam sendo mais comuns do que a gente pensa. Acreditam em qualquer coisa e desacreditam em tudo. As pessoas perderam-se na tentativa de se encontrarem. Chover em agosto já não é mais um absurdo, assim como usar droga na sala de aula também não. E isso pra ser mais relevante.
Na tentativa de sei lá o que, as pessoas não são quem foram destinadas a ser. E pra piorar, elas, talvez, não saibam disso. Copia, copia, copia. Isso por serem vulneráveis ao medo de inovar. De serem. Só isso. Serem.
É, pensando bem mesmo, as coisas estão superficiais em excesso.

Mas de uma coisa eu não abro mão de jeito nenhum, Deus é minha fonte inesgotável de alegria, força, sentido, motivação, amor, cuidado. E sendo assim as coisas não vão ficar sem graça pra mim. Porque Deus tempera. Não quero ser comum, mas também não quero fazer força pra ser diferente e me tornar artificial. Quero a naturalidade, a espontaneidade, falar o que tá no coração, gostar o meu gosto. Eu quero a sinceridade. E se dizem por aí que já não se encontra mais um sentido, um motivo, um coração sincero, eu não ligo. Porque eu sei que nEle eu posso ter todas as coisas que um filho deve ter. E vou atrás de ser uma filha sincera e sensivel todos os dias. Não importa o quanto quebro a cara.

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